domingo

Cinema na Casa


A Sétima Arte está de regresso à cidade de Paredes!

A Associação Fio de Prumo apresenta “Cinema na Casa”, na emblemática Casa da Cultura de Paredes.
Abriremos esta mostra no dia 02 de março de 2014 (16 horas), com a exibição do filme Amigos Improváveis, obra-prima do cinema francês, reconhecida pela crítica e agraciada pelo público.

ENTRADA GRATUITA

Sinopse
Após um acidente de parapente, Philippe, um rico aristocrata, contrata Driss, um jovem dos subúrbios, praticamente acabado de sair da prisão, para o assistir no dia a dia.
Juntos, vão fazer renascer Vivaldi, recuperar ‘Earth Wind and Fire’, o verbo e o portão, os fatos clássicos e os fatos de treino.
Dois universos irão cruzar-se e integrar-se para dar nascimento a uma amizade tão louca, divertida e forte quanto inesperada, uma relação única que vai produzir faíscas e torná-los verdadeiros amigos improváveis.

Ficha Técnica
País: França
Realização: Eric Toledano & Olivier Nakache
Atores: François Cluzet & Omar Sky
Ano: 2011




Classificação:   8,6




(Tiago Pinto de Sousa)

quarta-feira

Driving Without License [Documentário do Primavera Sound]

A Associação Fio de Prumo associa-se ao Canal180 na estreia do web documentário Driving Without License, um filme sobre a última edição do Optimus Primavera Sound. Durante os dias do festival, o Canal180 distribuiu convites pelos visitantes, desafiando-os a enviarem os seus vídeos. A ideia era que participassem na realização de um documentário open source, centrado num acontecimento que extravasa o universo da música. Foram recebidas centenas de participações e muitas delas entraram no documentário de 25 minutos, que foi realizado por João Diogo Marques e que inclui música ao vivo, entrevistas e imagens inéditas de alguns dos melhores momentos do festival.

(Tiago Pinto de Sousa)

segunda-feira

Vê-se mais o sol quando as luzes se apagam

 Acorda ainda tonto, esticado como uma tábua de madeira ao sol. Levanta vagarosamente a cabeça ainda pesada do choque elétrico que havia levado horas antes - e, foda-se, se dói. Em frente a si, dois vultos de bata branca, um com cara de maricas e uma doçura a acompanhá-lo. Enquanto tenta ainda entender o que lhe aconteceu, o médico diz-lhe qualquer coisa sobre as suas análises diagnosticarem HIV positivo. Olha para o gajo, incrédulo. Enquanto ainda decide se lhe enfia um soco no focinho ou um chuto no cu, qualquer coisa sobre 30 dias de vida ecoa pelo consultório. Ri-se e vira costas. Nem sabe se há de rir de tamanha estupidez ou de arrancar os olhos ao cabrão. Pega nas roupas, lança um último olhar de desprezo e atira pés ao caminho, percorrendo o túnel de cores esbatidas à procura da saída daquele manicómio. Nada pode matar um Woodroof em 30 dias, muito menos uma merda de uma doença de paneleiros inventada por médicos mimados. Graças a Deus, quando toca num gajo é com o punho e é para fazer estragos. E assim há de ser, até que a castanha e seca terra texana cubra o seu couro.   
As putas vieram e foram embora. Mais whisky, mais coca, mais de tudo e mais de mais nada. Outra vez mais de tudo e não há volta a dar. As palavras dos médicos reviram e tornam a virar e a mastigar no fundo da sua consciência. Por muito que tente esquecer o dia que ficou para trás, aquela merda não o larga. Como se o cabrão do médico estivesse a falar a sério. Como se houvesse sequer a mínima hipótese. Foda-se, é impossível. Petrifica. Esfrega os olhos como se estivesse a acordar de um pesadelo. Raios o partam se não está ali escrito, naquele computador do diabo, que também está exposto quem usa drogas e quem tem sexo sem proteção. Sexo sem proteção. Nem se lembra da última vez que usou um preservativo, para ser honesto. Sente-se a imobilizar, sente pura raiva subir-lhe espinha acima com a velocidade de um trovão numa noite de tempestade. Começa a suar e o seu corpo gela. Estava acabado, fodido. Ia morrer.     
É esta a estória, ainda longe de acabar, do cowboy que transformou vontade de viver em anos de vida. Drogas, álcool, apostas ilegais. Rodeos e sexo fácil. Ron é um cowboy machista, homofóbico e aldrabão. E, agora, é também um seropositivo a 30 dias do fim. 
Até ver Dallas Buyers Club, nunca reconheci a Matthew McConaughey nada sequer perto do potencial, da estaleca e da tarimba requerida para desempenhar um papel desta magnitude. Tive-o sempre como ator vulgar, preso ao sotaque sulista e à imagem de menino bonito das comédias românticas e dos dramas onde representa o típico marido de classe média, nos seus trinta-e-tais, ou o solteirão à procura da próxima amante.     
Em DBC, McConaughey redime-se e faz um papel apaixonante. Dizem que há males que vêm por bem e, pois bem, talvez o cancro que lhe roubou anos de vida e o levou tão perto do fim também, tenha porventura, e por outro lado, deixado por recompensa a experiência, a profundidade e a maturidade que lhe permite encarar este papel como se fosse dele ou sobre ele. Ou talvez fosse mesmo dele, porque também McConaughey sabe o que é lutar como Woodroof lutou. Sabe o que é acordar todos os dias e riscar mais um dia no calendário em direção ao fim iminente, como Woodroof riscou. E por saber sentir como sua a pele de Woodroof, McConaughey dá resposta a um excelente argumento e assume aquele que é, até ao momento, o papel da sua vida no filme da sua vida. E como não basta um ator mediano a fazer um grande papel, há ainda espaço para outro - Jared Leto é Rayon, um travesti seropositivo que Ron conhece no hospital. Rapidamente a relação entre ambos se desenrola numa improvável amizade e numa missão em comum. Leto veste Rayon de forma excêntrica e melodramática, levando para si todo o protagonismo em vários pontos do filme, conduzindo-nos de olhos vendados pelo labirinto e convidando-nos a segurar o detonador da bomba relógio que é a vida do seu personagem. 
Nem todos conhecemos um Rayon, é certo. Mas todos conhecemos um Woodroof. E se há algo capaz de cruzar um Woodroof com um Rayon, esse algo, é só a vida. E é exatamente sobre os plot twists da vida que nos ensina Dallas Buyers Club. Um filme profundo e irónico, por vezes cómico, mas sempre trágico. 

Por Tiago da Rocha

quarta-feira

Agenda musical fevereiro’14














5-Quarta 
Porto
Maus Hábitos: Dead J Live Act

6-Quinta
Porto
Hard Club: Hip Hop Poetry Jam – 2ª Sessão com Denise, P1, Rato 54, Maze & Dj Casca

7-Sexta
Porto
Plano B: Social Disco Club :: The Dixie Boys :: The Bitch Boys apresentam: The Bitch Party

Maus Hábitos: Concerto de Erica Buettner 

Armazém do Chá: Os Sete Magnificos Take Over! :: Armazém em Festa (artistas convidados)

Hard Club: Tribedelik Tribe: Ital Live (CL) :: Grub :: Yakai :: Fluxo

Gare: Refresh Clubbing: Max Cooper Live! "Human" Tour

8-Sábado
Porto
Hard Club: Allen Halloween :: Kapataz :: Psydin Atómiko :: Lennox – ODC Gang :: G Fema :: Sound System by Dj Ayashbeats

Casa da Música: Daddy G (Massive Attack) :: João Semedo / Rui Trintaeum

Aveiro
Teatro Aveirense: Ute Lemper- sings The Pablo Neruda Love Poems

12-Quarta
Porto
Baixaria: Tape Junk

13-Quinta
Porto
Armazém do Chá: Live Sessions :: Concerto de Macaco Egoísta :: Concerto de Hubbub

Braga
Theatro Circo: Pedro Abrunhosa & Comité Caviar

14-Sexta
Porto
Plano B: Os Bons Rapazes, com Álvaro Costa & Miguel Quintão

Armazém do Chá: Q.13 | WE'RE OPEN TONIGHT

Hard Club: Zona6 & Celebration Sound: Ward 21 :: Xibata & Celebration Sound :: Fyah Burn :: Green Sound Killa :: Keep on Fire :: Youth Fyah:: Irie Kaya

Casa da Música: Concerto de Márcia

Braga
Theatro Circo: Pedro Abrunhosa & Comité Caviar

Ovar
Centro de Arte de Ovar: Tape Junk

Famalicão
Casa das Artes: Colibri

15-Sábado
Porto
Armazém do Chá: Armazém em Festa (artistas convidados)

Braga
Theatro Circo: Lightning Strikes- Joey Arias e Kristian Hoffman lembram Klaus Nomi

Paredes - Baltar
Indie Bar: Tape Junk

21-Sexta
Porto
Armazém do Chá: Internal Affairs clube

22-Sábado
Porto
Plano B: Chibanga, Zé Marques Pinto

Armazém do Chá: Chá das Sextas; Freshkitos & Friends 

Gare: Laurent Garnier

Casa da Música: Concerto de Luísa Sobral

Casa da Música: Mirror People live permanente  vacation :: Discotexas :: White Haus Dj Set :: Kitten:: X-WIFE :: Social Disco Club Dj Set Hands of Time

Vila do Conde
Teatro Municipal de Vila do Conde: Plaza- “All Together”

Braga
Theatro Circo: Mafalda Arnauth- “Terra da luz”

Famalicão
Casa das Artes: JP Simões- “Roma”

Estarreja
Cineteatro: A Naifa- “As canções d’A Naifa”

23-Domingo
Braga
Theatro Circo: Tributo a Zeca e Adriano, para que não se apague a memória- Grupo canto d’aqui

28-Sexta
Porto
Plano B: Stand Up Sininho

Armazém do Chá: This Night Still Has No Name :: Twin Turbo clube :: Nuno Lopes club; Sérgio Gomes :: Breaks lda :: SUPA (MONSTER JINX) e outros

Famalicão
Casa das Artes: CAMANÉ – O Melhor 1995 – 2013

29-Sábado
Braga
Theatro circo: Paulo Gonzo